sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

As vindimas municipais imobiliárias

O Poder Local não prescinde da árvore das patacas que dá pelo nome de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI). Já não basta o que basta, em matéria de tributação do património e, este ano, a esmagadora maioria dos Municípios portugueses volta a aplicar a taxa máxima de IMI.

O regime de tributação do património imobiliário, actualmente em vigor, concede aos Municípios o poder de agravar ou desagravar a taxa do IMI e o resultado é o que se vê , mesmo sabendo-se que os grandes beneficiários do sistema – o Poder Local – nunca como agora tiraram bons rendimentos do betão.

É que, embora mais próximo das populações, o Poder Local vive num permanente estado de benefício da dúvida no que toca a assumir responsabilidades pelo maior ou menor peso fiscal sobre os contribuintes. Impostos é coisa ruim que apenas responsabiliza os do Governo Central.

E, no entanto, na hora de decidir o que fazer quanto ao montante da fatia fiscal que lhes cabe, os Municípios optam, com raras excepções, pelos valores máximos possíveis, carregando no bolso dos munícipes que também são contribuintes municipais, embora raramente se vejam como tal.

Como já em tempos disse, é preciso saber podar as árvores no tempo certo para que estas voltem a dar frutos de forma harmoniosa, às vezes até mais do que davam. Esta é que é a poda que falta a essa fértil árvore das patacas do IMI, uma árvore que pode, de repente, deixar de dar frutos.


Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP

Fonte: Diário Económico

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

«PROJECTO CASA» - SEE YOU IN 2012

Expositores e visitantes mostraram-se satisfeitos no encerramento da «II Projecto Casa – Evento de Arquitectura e Design», que durante quatro dias mostrou na Exponor os mais recentes e inovadores projectos de arquitectura, reabilitação urbana e design.
Rompendo com conceitos tradicionais em todas estas áreas, a II edição recebeu milhares de visitantes, a maioria composta por um público profissional, conhecedor e qualificado, formado por arquitectos, designers e decoradores, bem como por apaixonados pela arquitectura e design.
Um dos objectivos deste tipo de certame foi plenamente atingido, com os 131 expositores a explorarem oportunidades de negócios e a firmarem parcerias que seguramente trarão proveitos num futuro próximo.
Face ao excelente feed-back que a organização recebeu por parte de todos quantos estiveram envolvidos na feira, é já certa a realização da III edição da «Projecto Casa», que regressa ao recinto da Exponor em 2012, num certame que cada vez mais se afirma como de referência nesta área, quer pelo envolvimento das associações representativas do sector, quer pela originalidade do programa que se propões realizar.
Dentro deste conceito, a feira apresentou várias novidades na edição que agora encerrou. A vincada componente ecológica da «Projecto Casa» traduziu-se, por exemplo, na substituiu dos tradicionais tapetes por uma ciclovia e pela forma como quis premiar com uma entrada gratuita aqueles que chegassem de bicicleta à Exponor.
Um ciclo de debates sobre reabilitação e requalificação urbana permitiu, também, com arquitectos e projectistas de renome, uma reflexão aturada sobre uma matéria que é cada vez mais actual e para o qual construtores, ecologistas e paisagistas estão cada vez mais sensibilizados.

Fonte: revistaimobiliaria

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

MELOM - OBRAS SEM "DORES DE CABEÇA"

A nova rede de empresas especializada em obras em casa promete fazer desde a pequena reparação à remodelação total. Conta já com 20 franchisados, quer chegar aos 50 no início do próximo ano e ambiciona ser líder no sector da recuperação, reabilitação e manutenção de imóveis.

Manuel Alvarez, fundador do grupo Remax, deseja chegar mais longe: 200 empresas espalhadas pelo país, que apostam na reabilitação urbana e não em novas construções. Alvarez pretende reunir oferta nesta área debaixo de uma mesma marca e que dê garantias de qualidade. Daqui a 5 anos, espera ter uma quota de mercado de 12%».

«Quer seja na compra de casas usadas, quer seja no arrendamento, não tínhamos resposta para a pergunta que mais ouvimos: Queria fazer obras. Conhece alguma empresa?», relata à Agência Financeira o fundador da imobiliária, certo de que o sector da reabilitação vai crescer, enquanto a nova construção continuará a sofrer um abrandamento.

«Queremos dar resposta a esta crescente procura, reunindo a oferta que está fragmentada e dando aos clientes a certeza de que o prazo, o preço e todos os pedidos serão respeitados», disse ainda o espanhol radicado em Portugal há mais de uma década.

E é esse um dos pontos que Manuel Alvarez julga poder fazer a diferença: «O objectivo é que o cliente fique satisfeito e portanto teremos um serviço de atendimento, antes, durante e depois da obra».

«Se só precisar de consertar uma torneira ou pendurar um candeeiro, também pode usar os nossos serviços», acrescenta, calculando que, num futuro próximo, com centenas de empresas de Norte a Sul do país «o custo da deslocação deixe de existir, porque teremos empresas próximo de todas as localidades».

As empresas que estão a aderir perdem o seu nome ¿ passam a fazer parte da rede Melom ¿, mas ganham em «clientes, em confiança. De que vale ser conhecido no bairro ou na cidade, se pode ser conhecido no país».

Fonte: agenciafinanceira